v. 12 – Está afirmando quem somos aos olhos de Deus: eleitos – escolhidos para a vida abundante; santos – revestidos com a santidade de Deus e queridos – amados por Deus até o ciúme. E porque somos tudo isso devemos nos revestir (vestir por cima de nossas fragilidades humanas) de: entranhada misericórdia – amor para com os outros vindo de dentro de nós); bondade – tratar aos outros bem; humildade – saber o nosso lugar e o dos outros; doçura – ter tratos polidos de educação e delicadeza com os irmãos; paciência – saber esperar a mudança dos outros.
Se você percebeu, a Bíblia está nos falando que Deus nos cumulou de bênçãos aos olhos
dEle para sermos uma bênção para os outros nossos irmãos;
v. 13 – Nos dá duas ordens:
a) Suportai-vos – não é meramente tolerar, mas antes ser um suporte, quer dizer, sustentar o outro em seus fardos como a mesa é suportada por seus pés;
b) Perdoai-vos – deixa bem claro que é TODA VEZ que tiver queixa de alguém. Nas mínimas coisas deve haver perdão. Não deixar o verme da mágoa se tornar o monstro do ódio, e nos dá o exemplo do perdão que recebemos do Senhor Jesus. Só quem reconhece seus próprios limites, entende o que isto significa.
v. 14 – Mostra o caminho: este “acima de tudo” quer dizer que tudo o que fizermos tem de ser
por amor senão não tem valor. Paulo explorou bem isto em I Coríntios 13 (hino à caridade).
Isto é que nos vincula uns aos outros com perfeição. Está nos falando de relacionamentos e
comunhão perfeitos e não de virtudes pessoais perfeitas.
v. 15 – Aqui temos três lições:
a) O triunfo da paz de Cristo – é o Cristo que deve fazer esta obra, não é mero esforço
humano. Mas o Cristo que habita em mim e em ti;
1. Formar um único corpo – formar quer dizer que estamos num processo. Único corpo, não é
mera unidade de doutrina e estruturas, mas unidade de amor no corpo sagrado de Cristo
que está concretamente materializado em cada pequena célula da Igreja;
2. Ser agradecidos – devemos reconhecer que Deus nos está dando uma oportunidade
2. Ser agradecidos – devemos reconhecer que Deus nos está dando uma oportunidade
maravilhosa e única que já é o céu na terra. Isto é que é ser no coração da Igreja o amor. Só
podemos ter gratidão e parar de reclamar uns dos outros;
v. 16 – É simplesmente revelador. Ele nos indica quais as ferramentas para realmente
podermos ser isto que Deus deseja de nós, e o faz descrevendo os elementos que devem
fazer parte de uma reunião de célula do corpo de Cristo:
1. A Palavra de Cristo – este é o elemento primeiro porque é a base. As Escrituras é que nos
forjarão numa família de amor. Por isso devemos estudá-las e orá-las diariamente;
2. Sabedoria mútua – homens instruídos por Deus devem instruir seus irmãos. O Espírito fala de um para o outro nas circunstâncias concretas da vida e quando a célula se reúne deve
2. Sabedoria mútua – homens instruídos por Deus devem instruir seus irmãos. O Espírito fala de um para o outro nas circunstâncias concretas da vida e quando a célula se reúne deve
haver troca de sabedoria;
3. Cantar a Deus sob a graça – isto é louvor, isto é a exaltação, isto é um povo de coração
3. Cantar a Deus sob a graça – isto é louvor, isto é a exaltação, isto é um povo de coração
rendido;
Mas veja que nos três pontos o destaque é A PALAVRA DE DEUS, temos que ser um povo da Palavra para sermos um povo de amor.
Vivendo o que afirmamos anteriormente acabaremos realmente fazendo qualquer coisa, por
palavra ou por obra, em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai, como nos
manda o verso 17.
A partir do verso 18, o Senhor nos fala de relações familiares, e isto está unido ao que vimos
até aqui porque realmente Deus espera que cada família da comunidade seja uma célula
cristã para que cada célula cristã seja uma família, e assim vice-versa, formando a
comunidade como um todo numa família de famílias.
Observe as orientações práticas:
a) Submissão da mulher – não significa escravidão ou servidão, mas estar sob a mesma
missão cristã do marido a quem Deus confiou a família. A mulher deve orar para que seu
marido descubra a missão de “varão” cristão;
b) Amor provado dos maridos – os maridos devem ser polidos pelas Escrituras e superar o
espírito machista deste mundo. Serem Varões de Deus e não varas do diabo para flagelarem
suas casas;
c) Obediência dos filhos – obediência é uma palavra forte, abaixar a cabeça para ouvir e
depois cumprir. Os filhos devem reconhecer seus lugares, mas só o farão se fugirem desta
mentira de que o filho para ser alguém tem que se rebelar um dia. Devem conhecer as
Escrituras e reconhecer a missão cristã de seus pais para poderem assumir suas próprias
missões cristãs no futuro;
d) Sobriedade dos pais – os pais devem ser sóbrios em Deus para terem famílias sadias em Deus;
Podemos concluir que, temos um caminho à percorrer, e para Deus não há divisão entre
nossa vida familiar e nossa vida de comunhão cristã. Uma e outra são as mesmas coisas.
Só aprenderemos a salvar nossas famílias se formos uma família em Cristo. A célula é uma
escola de amor que deve ser comprovado na vida de cada dia em casa e fora dela.
Se não formos uma família de Deus, nunca seremos de Deus.